Gamificação empresarial: vantagens e cases de como usá-la
15 de janeiro de 2020

Você já ouviu falar da gamificação empresarial? Essa é uma estratégia aplicada pelo setor de Recursos Humanos (RH) que está ganhando cada vez mais popularidade no mundo corporativo. Ela tem o objetivo de manter os colaboradores interessados nas atividades da empresa, o que aumenta a produtividade do pessoal e melhora os resultados do negócio de forma generalizada.

Ficou curioso? Continue lendo este conteúdo para se aprofundar no assunto! Abaixo, explicamos o conceito de gamificação, como ela surgiu, quais são as suas vantagens, como usar essa ferramenta para aumentar o engajamento e muito mais. Confira!

O conceito de gamificação e como ela surgiu

Gamificação vem do inglês gamification e, como o próprio nome indica, trata-se de um recurso que utiliza as mecânicas e dinâmicas de jogos (games) para alcançar vários objetivos, por exemplo:

  • gerar engajamento;
  • motivar ações dentro da empresa;
  • modificar comportamentos;
  • aumentar a efetividade do treinamento;
  • estimular o alcance de metas;
  • assegurar o aprendizado.

Na prática, a organização desenvolve um sistema de pontuação em que os colaboradores se esforçam para conseguir mais pontos e obter recompensas. Assim, entre outras coisas, a equipe se diverte, um grande incentivo para alcançar metas.

É importante que a estratégia tenha os seguintes elementos básicos:

  • personalização: a estratégia é modificada para se adequar às necessidades do seu negócio;
  • regras: há um conjunto de normas que prevê o funcionamento do jogo, seus prazos, recompensas, entre outros detalhes;
  • objetivos: os colaboradores devem ter metas claras e bem-definidas, entendendo exatamente o que precisam fazer e em quanto tempo;
  • pontos: deve-se elaborar um sistema de pontos para medir o progresso de cada indivíduo;
  • recompensas: são os prêmios fornecidos ao pessoal ao atingir certas pontuações.

Além disso, o processo deve oferecer algum tipo de desafio aos jogadores, ou seja, eles precisam se esforçar para conquistar seus objetivos e receber os prêmios, algo fundamental para manter o engajamento.

A gamificação foi criada na década de 70 pelo programador britânico Nick Pelling, que utilizou elementos de jogos para tornar seu trabalho mais interessante, bem como melhorar a experiência dos usuários de seus programas de computador.

Essa ferramenta somente ganhou popularidade a partir do ano de 2010, quando passou a ser tratada em livros e palestras sobre negócios. Nesse mesmo período, as startups começaram a usar a gamificação nas suas apresentações para empreendedores e acionistas, com a finalidade de torná-las mais dinâmicas.

Vantagens de usar a gamificação empresarial

Essa metodologia traz uma lista de benefícios que impactam diretamente o relacionamento entre os colaboradores e a empresa, além de auxiliar nas atividades do RH. Veja as principais vantagens da gamificação a seguir.

Feedbacks em tempo real

Como o desempenho de cada jogador é medido constantemente por meio de ranqueamentos e pontuações, será possível observar o desempenho de cada um deles em tempo real. Ademais, o gestor saberá, por exemplo:

  • quais são as premiações mais escolhidas;
  • quais metas são alcançáveis, bem como quais são mais fáceis ou difíceis de atingir;
  • quais são os colaboradores mais engajados.

Tudo isso facilita a definição de metas e objetivos, melhora a estruturação da sua gamificação e possibilita que você forneça feedback imediatamente aos colaboradores, auxiliando-os a atingir seus objetivos.

Engajamento com treinamentos

A gamificação também é bastante eficiente para melhorar o aprendizado dos colaboradores. Com um jogo personalizado e direcionado ao ensino, os funcionários são estimulados a aprender o conteúdo para conseguir mais pontos e subir no ranqueamento entre os jogadores.

A ferramenta pode ser aplicada em diferentes momentos, como a integração de novos colaboradores (onboarding), cursos de capacitação e treinamento, participação em eventos e palestras, entre outros tipos de atividades que agreguem conhecimento aos funcionários.

Coleta de dados relevantes para o RH

Geralmente, a gamificação é realizada por meio de uma plataforma online, já que isso torna o processo mais fácil e econômico e permite a troca de dados instantaneamente entre os setores. Em razão dessa última característica, o RH receberá informações detalhadas sobre os resultados de cada colaborador, por exemplo:

  • como é a relação e o trabalho em equipe dos colaboradores;
  • quais funcionários têm dificuldade em se engajar;
  • qual é a eficácia da estratégia de gamificação aplicada;
  • qual é o desempenho de cada um.

Essas são informações valiosas para o RH, já que os profissionais poderão tomar as medidas necessárias para aprimorar a gamificação e o desempenho da equipe.

Motivação e satisfação do pessoal

O jogo desenvolvido pela empresa cria uma competição saudável entre os colaboradores e manifesta um sentimento de conquista a cada “nível” vencido.

Consequentemente, a equipe se tornará mais entusiasmada para bater os próximos objetivos e conquistar mais pontos. Isso melhora a relação entre os funcionários e torna o ambiente corporativo mais agradável, o que maximiza a produtividade e contribuição para a retenção de talentos.

Formas de usar esse recurso para criar engajamento

Manter um bom relacionamento entre os colaboradores e a marca é crucial para o desenvolvimento da empresa, já que os primeiros prestam os serviços ou produzem as mercadorias, atendem os clientes, entre outras atividades.

Porém, antes de aplicar as medidas no campo prático, você deve reconhecer em que aspectos é preciso ter mais engajamento. Uma forma de fazê-lo é identificando os tipos de indicadores de esforço e desempenho dos colaboradores, além de conscientizá-los sobre o que é preciso ser feito.

Também é relevante identificar os pontos de melhoria nos processos da organização, tornando possível estabelecer uma estratégia vinculada à implementação da gamificação, garantindo sua efetividade. Há várias formas de utilizar esse método para aperfeiçoar o engajamento da empresa. Confira as principais a seguir.

Quizzes

Quizzes são jogos de perguntas em que o participante deve responder com acerto e acumular uma certa quantidade de pontos para vencer. Ele pode ser jogado contra outra pessoa ou de forma individual, o importante é que teste o conhecimento do jogador em um determinado assunto.

Nas empresas, o quiz pode ser implementado no final de cursos, para que o gestor confira quanto cada funcionário absorveu do conteúdo ensinado.

Plataforma

Muitos jogos podem ser aplicados sem o uso da tecnologia, mas eles não são ideais para o negócio, já que existem plataformas de gamificação que interligam os sistemas, apuram os pontos automaticamente e os compartilham com o setor de RH instantaneamente.

Com uma boa plataforma, é possível criar diferentes regras, formas de pontuação e interação entre os colaboradores, narrativas, mecânicas e diversos outros elementos para tornar a gamificação ideal para engajar o seu público-alvo.

Aplicativos

Faz-se necessário que a plataforma de gamificação disponha de uma versão para dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Assim, o colaborador poderá conferir sua pontuação, classificação nos rankings e progresso nos desafios, o que contribui para o seu envolvimento com o jogo e engajamento com a empresa.

Para isso, é preciso que a plataforma contratada disponha de um template amigável, fácil e intuitivo, fazendo com que os funcionários gostem de acessar o aplicativo.

Treinamentos

O que faz com que os colaboradores participem e desenvolvam suas habilidades nos treinamentos são os desafios propostos para eles. Eles terão um sentimento de contentamento e superação quando vencerem o jogo e virem seu progresso.

Mas, antes de aplicar a gamificação, é preciso que os desafios estejam ligados às competências necessárias para concluir o treinamento.

Rankings

Os rankings — ou ranqueamentos — são um placar que expõe os colaboradores e suas posições, de modo que todos consigam visualizar as posições dos jogadores. Aqueles que estão nas primeiras colocações tentarão se manter na liderança, enquanto os demais se esforçarão para alcançar o topo da lista.

Esse tipo de competição é saudável, por fazer com que todos aprendam mais, melhorem suas técnicas e se tornem mais produtivos, devendo ser incentivado na organização.

Cases de sucesso de uso da gamificação

Há muitos casos em que a gamificação ajudou no aumento do engajamento. Nos tópicos abaixo, separamos alguns exemplos de empresas que trabalham com essa estratégia.

Gerdau

Essa empresa siderúrgica brasileira aderiu a um programa de capacitação de pessoal com óculos de realidade virtual. Ou seja, o treinamento teórico foi substituído por jogos de conhecimento.

Lançada em comemoração ao Dia Mundial da Segurança, a iniciativa contou com a participação de 2.500 pessoas em apenas uma semana. No exercício, o colaborador sente-se inserido em um pavilhão industrial com máquinas, empilhadeiras e andaimes.

Conforme caminha pelo ambiente, deve identificar situações de risco e classificar o seu potencial de severidade em alto, médio ou baixo. Quando chega à saída da área, recebe um feedback a respeito de sua atuação, quantos riscos não identificou ou quais categorizou de maneira correta.

Deloitte

Essa empresa multinacional também trocou o treinamento tradicional pela gamificação. Agora, os clientes podem fazer cursos interativos pela internet. Desde a implantação do novo modelo, a empresa percebeu um aumento de 47% no tráfego do site.

Nike

A empresa líder no segmento de artigos esportivos é mais uma das que usam essa inteligência dos jogos, ao construir uma plataforma de gamificação chamada Nike Plus. O objetivo é envolver os fãs do universo fitness e levar os treinos para um nível mais profissional.

Microsoft

O uso da gamificação na Microsoft é voltado para os colaboradores. O sistema ajuda as equipes de testes a encontrar falhas nas traduções em milhares de telas com centenas de línguas dos softwares da companhia.

Nas empresas, a gamificação é costumeiramente vista e aplicada em equipes de vendas. Entretanto, existem diversas possibilidades para que seja possível criar um ambiente propício à motivação para diversos setores e personas (clientes, colaboradores e fornecedores).

Indicadores de engajamento para medir resultados

Muitas vezes, as organizações adotam uma abordagem que torna os indicadores de resultados ineficazes. Esse fenômeno acontece quando se cobra apenas o resultado final do colaborador, sendo ignorados fatores que impactam seu comportamento.

Por exemplo, em vez de cobrar que os vendedores atinjam um determinado valor de vendas, é mais vantajoso demandar que cada um faça um determinado número de visitas por mês. A diferença é que visitas dependem da motivação do vendedor, o resultado não. Em termos de gestão, os negócios tratam disso com dois tipos de indicadores:

  • drivers: indicadores de esforço, servem para medir o que está sendo feito;
  • outcomes: indicadores de resultado, servem para medir o que aconteceu.

Para as empresas, o engajamento significa ter equipes que trabalhem com todo o desempenho esperado no objetivo de atingir os resultados. Se você deseja melhorar esses índices, é fundamental investir na relação dos funcionários com a empresa.

Para isso, é preciso que os colaboradores — sejam da equipe de vendas ou não — estejam alinhados com a cultura e estratégia da empresa, treinem sobre o trabalho e saibam em que pontos devem se esforçar para trazer o resultado.

A partir disso, uma estratégia de gamificação pode ser uma grande aliada para promover o engajamento necessário.

De acordo com os dados do Grupo Aberdeen, corporações que têm um programa formal de engajamento de colaboradores conseguem, , em média, aumentar suas receitas em 15,5% anualmente, enquanto outras organizações crescem 12,3%.

Quanto às receitas, as advindas de referências de outros clientes chegam a uma média anual de 15,1%, enquanto as de organizações sem programas de engajamento obtêm apenas 4,6%.

Os funcionários engajados conseguem aumentar as vendas e trazer mais receita ao negócio. Isso ocorre pelo fato de eles estarem focados em atender melhor o consumidor e garantir uma boa experiência de compra.

Como um dos principais benefícios da gamificação é aprimorar o engajamento, a empresa também se beneficiará pelo aumento de vendas e faturamento simultaneamente.

Dicas para potencializar os resultados da sua estratégia

Inicie esse processo realizando um planejamento para definir qual área e como será trabalhada a gamificação:

  • melhora do engajamento: tarefas diárias para o envolvimento dos participantes;
  • aumento da moral: programas divertidos para melhorar o clima no ambiente de trabalho;
  • retenção de colaboradores atuais e novos talentos: aumento de produtividade e retenção em longo prazo com uma força de trabalho mais motivada;
  • aprimoramento do treinamento: torna o processo de aprendizagem mais eficaz e rápido de se aplicar;
  • estímulo à concorrência saudável: para aumentar a produtividade;
  • estímulo de comportamentos desejados: os pontos e recompensas agem como motivadores de comportamento;
  • melhora da colaboração: o uso de ferramentas para clientes e funcionários torna a comunicação mais simples e dinâmica.

Estude a aplicação

Faça, antes, um planejamento do que quer alcançar com a gamificação em sua empresa, levando em conta os seguintes fatores:

  • quais os pontos fracos da empresa: o que precisa ser melhorado no ambiente de trabalho;
  • qual objetivo da gamificação: uma vez que o problema tiver sido detectado, é preciso definir o que fazer para corrigi-lo;
  • de que forma atingir seu objetivo;
  • como envolver seus funcionários.

Depois que tiver realizado esses passos, você deve entrar em contato com uma empresa especializada. Com seu planejamento em mãos, ela vai ajudar você a encontrar a melhor maneira de atingir seus objetivos.

Não se esqueça de alinhar seu projeto com os ideais da empresa, pois isso faz com que o engajamento seja ainda maior, e trabalhe sempre com feedbacks, fazendo uma avaliação do desempenho e resultado e questionando seus clientes e colaboradores sobre o que acharam da experiência.

A gamificação empresarial é uma técnica mais ampla e benéfica do que muitos imaginam. Com uma boa plataforma que inclua essa estratégia, você conseguirá potencializar o aprendizado e engajamento do pessoal, fazendo com que o desempenho no negócio seja otimizado por meio da diversão e bem-estar de todos.

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2 de outubro de 2025
O Projeto de Lei (PL 1.087/2025), que reestrutura o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), foi aprovado na Câmara e segue para o Senado. Esta reforma estabelece novas regras de progressividade e, crucialmente, define um prazo final para o planejamento dos lucros deste ano. As regras devem vigorar a partir de 2026. Regra de Transição: Como Manter a Isenção dos Lucros de 2025 Esta é a informação mais urgente para o planejamento das empresas: Para garantir que os lucros e dividendos apurados até 31 de dezembro de 2025 continuem isentos de IRPF para o sócio, a empresa deve: • Prazo Máximo para Deliberação: Aprovar a distribuição dos lucros acumulados e apurados de 2025 por meio de deliberação societária (ata de reunião ou assembleia) até 31 de dezembro de 2025. • Prazo para Pagamento: Uma vez aprovada, a distribuição (o pagamento efetivo) pode ser realizada de forma diferida, com o prazo final estipulado em 2028, mantendo a isenção. É imprescindível que as empresas formalizem essa decisão em ata para preservar o benefício fiscal da isenção. Tabela 1: IRPF Mensal (Convencional + Novas Reduções) Esta tabela demonstra a aplicação da tabela progressiva para a maioria dos contribuintes, incluindo as novas reduções (isenção total até R$ 5.000,00 e desconto até R$ 7.350,00). Base de Cálculo Mensal (Rendimento Tributável) Alíquota (%) Parcela a Deduzir (Atual) Efeito Prático do PL 1.087/2025 Até R$ 2.428,80 Isento R$ 0,00 Isento (Beneficia rendas ≤ R$ 5.000$ via dedução) De R$ 2.428,81 a R$ 3.664,55 7,5% R$ 182,16 Redução (Desconto fixo de R$ 978,62 aplicado ao IR) De R$ 3.664,56 a R$ 4.882,92 15% R$ 454,49 Redução (Desconto fixo de R$ 978,62 aplicado ao IR) De R$ 4.882,93 a R$ 6.104,80 22,5% R$ 814,10 Redução (Desconto fixo de R$ 978,62 aplicado ao IR) De R$ 6.104,81 a R$ 7.350,00 27,5% R$ 1.115,22 Redução (Desconto fixo de R$ 978,62 aplicado ao IR) Acima de R$ 7.350,01 27,5% R$ 1.115,22 Cálculo pela tabela normal (Sem desconto adicional) Tabela 2: O Novo Regime de Tributação da Alta Renda (Acima de R$ 50.000,00/Mês) Para compensar a isenção, o projeto foca em contribuintes com rendimentos anuais acima de R$ 600.000,00 por meio de dois mecanismos: A) IRPF Mínimo (Alíquota Efetiva Progressiva) Rendimento Tributável Anual (RTA) RTA Mensal (Aprox.) Alíquota Mínima Efetiva Aplicável Até R$ 600.000,00 Até R$ 50.000,00 Não se aplica (Cálculo pela tabela convencional) Acima de R$ 600.000,00 até R$ 800.000,00 Acima de R$ 50.000,00 1% Acima de R$ 800.000,00 até R$ 1.000.000,00 Acima de R$ 66.666,67 3% Acima de R$ 1.000.000,00 até R$ 1.200.000,00 Acima de R$ 83.333,33 5% Acima de R$ 1.200.000,00 Acima de R$ 100.000,00 10% B) Retenção na Fonte de 10% sobre Lucros e Dividendos • Incidência: A retenção de 10% será aplicada sobre o valor dos dividendos que exceder R$ 50.000,00 mensais. • Compensação: Este imposto é uma antecipação e será compensado no cálculo anual do IRPF Mínimo (ou imposto devido), garantindo que o sócio pague o IRPF sem duplicidade.
30 de setembro de 2025
Em setembro de 2025, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que os cartórios não podem mais exigir certidões negativas de débitos fiscais como condição para registrar escrituras de compra e venda de imóveis. A medida, definida no PCA 0001611-12.2023.2.00.0000, representa um marco na desburocratização do mercado imobiliário brasileiro. Com a mudança, as certidões passam a ter caráter apenas informativo , deixando de ser barreira automática para o registro. Isso traz agilidade às transações, mas também aumenta a necessidade de diligência prévia por parte do comprador e dos profissionais que o assessoram. 🔎 Principais impactos da decisão: • Negócios antes travados por pendências fiscais agora podem ser concluídos. • A análise de riscos passa a ser responsabilidade direta do comprador. • Certidões continuam importantes, mas não são mais exigência legal. • Escritórios de advocacia, incorporadoras e imobiliárias precisarão reforçar análises documentais e contratos preventivos. 📌 Em termos práticos, o comprador que não investigar débitos fiscais, condominiais ou judiciais do vendedor poderá enfrentar bloqueios ou herdar dívidas mesmo após o registro da escritura. ⚖️ O CNJ também determinou que normas estaduais ou municipais que ainda mantinham essa exigência não têm mais validade , estabelecendo um padrão único em todo o país. 💡 Nosso ponto de vista: A decisão deve ser vista como um avanço: menos burocracia e mais profissionalismo. A segurança jurídica das transações dependerá da qualidade da assessoria contratada e da profundidade da análise documental. Onde antes havia exigência cartorária, agora haverá necessidade de governança contratual e auditoria prévia . 👉 Conclusão: comprar imóveis ficou mais simples, mas também mais arriscado. O comprador bem assessorado sai fortalecido; o desatento pode ter prejuízos significativos.
29 de setembro de 2025
A Reforma Tributária sobre consumo, aprovada pela Emenda Constitucional 132/2023, marca a maior mudança no sistema fiscal brasileiro em décadas. O novo modelo simplifica cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) em apenas dois:  IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)  CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) O objet
26 de setembro de 2025
A Medida Provisória 1303/2025 traz uma das mudanças mais significativas para o mercado de capitais brasileiro: o fim da isenção de Imposto de Renda sobre LCI, LCA, CRI, CRA, debêntures incentivadas, fundos imobiliários e fundos do agronegócio. Mais do que uma alteração tributária, a medida simboliza uma mudança estrutural no planejamento patrimonial , afetando diretamente a forma como investidores e famílias estruturam seus portfólios. Impactos imediatos • Investidores pessoa física: redução da rentabilidade líquida, especialmente para patrimônios mais elevados. • Janela de oportunidade: títulos emitidos até 31/12/2025 permanecem isentos até o vencimento, o que já gera corrida por esses papéis. • Agronegócio: LCAs perdem competitividade, aumentando custos de financiamento e favorecendo concentração bancária. • Mercado imobiliário: CRIs e fundos imobiliários enfrentam maior complexidade operacional e risco de perda de atratividade. Instabilidade regulatória crescente Em menos de dois anos, o Brasil passou por diversas propostas e mudanças em tributos: tributação de aplicações no exterior, regras de transfer pricing, incentivos fiscais e agora o fim das isenções históricas. Essa avalanche de alterações compromete a previsibilidade e cria insegurança jurídica, um dos principais riscos a serem considerados em qualquer estrutura de planejamento patrimonial. Caminhos estratégicos Diante desse cenário, investidores e famílias devem considerar: • Diversificação internacional de patrimônio em jurisdições mais estáveis. • Revisão de estruturas societárias para adaptação ao novo regime. • Aceleração de estratégias sucessórias , aproveitando janelas regulatórias ainda abertas. Conclusão O texto da MP ainda pode ser alterado no Congresso, mas a mensagem é clara: o planejamento patrimonial brasileiro precisa ser mais flexível, dinâmico e preparado para mudanças constantes. O grande desafio agora é preservar e maximizar o patrimônio familiar em um ambiente em que a única certeza é a incerteza regulatória.
22 de setembro de 2025
A Receita Federal regulamentou o Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB) por meio da Instrução Normativa RFB nº 2.275/2025, publicada em 18 de agosto. O CIB estabelece um código único nacional para todos os imóveis do país , com integração ao Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter). O objetivo é unificar dados, aumentar a transparência e fortalecer a segurança jurídica em transações imobiliárias, além de servir de base para a Reforma Tributária prevista para 2027. 🔎 Principais impactos da medida: • Cartórios terão de adotar o CIB e integrar seus sistemas à Receita. • Imóveis passarão a ter um valor de mercado centralizado e registrado oficialmente. • Mercado imobiliário contará com mais agilidade nas transações, mas exigirá atenção no planejamento tributário. • Cidadãos terão mais segurança nas operações, embora a fiscalização seja ampliada, especialmente contra a subavaliação de bens. 📅 Cronograma: • 2025: Regulamentação publicada. • 2026: Fase de testes de integração de dados. • 2027: Nova tributação com base no CIB. A medida promete mais transparência e eficiência, mas também representa um avanço no combate a irregularidades no mercado imobiliário. 📢 Siga nosso perfil para ficar sempre por dentro das notícias mais importantes em primeira mão!
17 de setembro de 2025
Conforme a Portaria SRE nº 28/2025, a partir de 1º de outubro de 2025, a Declaração de Conteúdo eletrônica (DC-e) deverá ser obrigatoriamente emitida por pessoas físicas ou jurídicas não contribuintes do ICMS, no transporte de bens e mercadorias em substituição à declaração de conteúdo mencionada no § 1º da cláusula terceira do Protocolo ICMS 32/2001. A Declaração de Conteúdo Eletrônica (DCe) é um documento digital que substitui a declaração em papel, permitindo a emissão e o acompanhamento em tempo real das operações. O que é a DCe? A DCe é um modelo nacional de declaração que visa modernizar e simplificar o processo de declaração de conteúdo, substituindo a sistemática anterior que utilizava documentos em papel. Este sistema melhora a visibilidade das declarações e permite um acompanhamento mais eficiente das operações realizadas. Como emitir a DCe? A emissão da DCe pode ser realizada de diferentes maneiras, dependendo do tipo de emitente. As principais modalidades incluem: 1. Aplicativo disponibilizado pelo Fisco: O usuário deve ter uma conta no "Login Cidadão" na plataforma "e-gov". Após o cadastramento inicial, a emissão da DCe pode ser feita de forma simples e rápida, utilizando o Certificado Digital do Fisco para assinatura. 2. Marketplace: Os Marketplaces podem emitir a DCe para seus clientes, integrando o serviço de autorização da DCe em seus módulos de venda. Neste caso, a assinatura digital é feita pelo Certificado Digital do Marketplace. 3. Emissão Própria e Transportadoras: Outras modalidades de emissão também estão disponíveis, permitindo que diferentes tipos de usuários possam gerar a DCe conforme suas necessidades específicas. Benefícios da DCe • Eficiência: A DCe elimina a necessidade de documentos em papel, reduzindo custos e tempo de processamento. • Acompanhamento em Tempo Real: Permite que as operações sejam monitoradas em tempo real, aumentando a transparência e a confiabilidade do processo. • Integração com Sistemas: A DCe é projetada para se integrar aos sistemas de informações das Secretarias de Fazenda, facilitando a troca de dados e a conformidade fiscal. Para mais informações e detalhes técnicos, você pode acessar os portais das Secretarias de Fazenda ou consultar os manuais disponíveis online.
9 de setembro de 2025
Responsabilidade pela Declaração A obrigação de preencher e apresentar a DTTA não recai sobre o investidor. Essa responsabilidade é exclusiva das entidades que registram a transferência das ações. Tais entidades incluem a empresa emissora das ações ou instituições financeiras contratadas para manter esses registros. As entidades responsáveis são obrigadas a informar a Receita Federal sobre a operação, caso o investidor não comprove o pagamento do Imposto de Renda sobre o ganho de capital em até 15 dias após o prazo legal. Penalidades O não cumprimento da obrigação de declarar, seja por atraso, omissão ou erro, pode resultar em multas para a entidade responsável. As penalidades incluem: • Multa de até 30% sobre o Imposto de Renda devido. • Outras sanções aplicadas pela Receita Federal, em casos de tentativa de fraude ou evasão fiscal. Importância para o Investidor Embora não seja responsável pela DTTA, o conhecimento sobre a sua existência e sobre quem é o responsável por ela é fundamental. Isso garante que as operações de transferência de ações fora da bolsa sejam devidamente acompanhadas e informadas às autoridades fiscais, proporcionando maior segurança ao investidor.
10 de junho de 2025
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, por meio de uma tese com força obrigatória, que o trabalhador que sofrer uma doença relacionada ao trabalho tem direito à estabilidade no emprego por 12 meses, mesmo que não tenha se afastado por mais de 15 dias nem recebido auxílio-doença acidentário. Para isso, é necessário que, após a demissão, fique comprovado que a doença tem relação direta (ou foi agravada) pelas atividades realizadas durante o contrato de trabalho. O que é uma tese vinculante? É uma decisão do TST que deve ser seguida por todos os demais tribunais trabalhistas do país, garantindo uniformidade nas decisões e mais segurança jurídica tanto para empregadores quanto para empregados. O objetivo é evitar interpretações diferentes sobre o mesmo tema. O que diz a lei? A Lei 8.213/1991, em seu artigo 118, estabelece que o trabalhador que sofreu acidente de trabalho tem direito à estabilidade no emprego por 12 meses, a partir do fim do auxílio-doença acidentário, mesmo que não receba o auxílio-acidente. E na prática, como isso funcionava? De acordo com essa lei, a estabilidade era aplicada apenas aos casos em que o trabalhador tivesse se afastado por mais de 15 dias e, por isso, tivesse recebido o auxílio-doença acidentário. Contudo, surgiram situações em que o trabalhador descobriu, somente após ser demitido, que estava com uma doença causada ou agravada pelo trabalho. Como ele não havia se afastado nem recebido o benefício durante o contrato, alguns tribunais negavam o direito à estabilidade com base apenas no que diz o artigo 118. Por outro lado, outros tribunais reconheciam o direito, desde que fosse comprovado o vínculo entre a doença e o trabalho. Diante dessas decisões diferentes, o TST decidiu uniformizar o entendimento. A decisão do TST Pergunta julgada: Para ter direito à estabilidade no emprego por doença ocupacional, é obrigatório que o trabalhador tenha se afastado por mais de 15 dias ou recebido auxílio-doença acidentário? Resposta (tese firmada): Não. Mesmo que o trabalhador não tenha se afastado nem recebido auxílio-doença, ele terá direito à estabilidade se for comprovado, depois da demissão, que a doença foi causada ou agravada pelas atividades que exercia na empresa. O que isso muda para as empresas? Na maioria dos casos, continua valendo a regra de que, se o empregado sofre um acidente de trabalho e se afasta por mais de 15 dias, ele tem direito à estabilidade de 12 meses após o retorno. A novidade está nos casos em que o trabalhador não se afasta, mas desenvolve ou tem agravada uma doença ocupacional. Se a empresa o demitir e, depois, a Justiça reconhecer que a doença está relacionada ao trabalho, o empregado terá direito à estabilidade, mesmo sem afastamento anterior. Por isso, é essencial que a empresa esteja atenta a sinais de doenças ocupacionais e tenha cuidado ao decidir pela demissão de funcionários com possíveis problemas de saúde ligados ao trabalho. Isso ajuda a prevenir ações trabalhistas e garante maior segurança jurídica nas relações com os empregados.
28 de abril de 2025
A Auditoria-Fiscal do Trabalho começou a notificar empregadores com pendências do FGTS Digital, com o objetivo de orientar sobre a regularização. A Notificação para Solução de Pendência Trabalhista – FGTS Digital começou a ser enviada aos empregadores a partir de 03/04/2025 por meio do Domicílio Eletrônico Trabalhista – DET. Esta notificação é um documento do âmbito da cobrança administrativa que indica a necessidade de regularização de débitos ou obrigações acessórias pendentes relacionadas ao FGTS, com base nas informações fornecidas no eSocial ou na plataforma do FGTS Digital. Esta notificação não configura etapa de ação fiscal, mas, cumpre a função orientadora para atendimento ao critério da dupla visita, o que significa que em uma próxima notificação, a empresa poderá ser autuada. É crucial ressaltar a importância de solucionar as pendências e manter o recolhimento regular do FGTS para evitar as seguintes consequências: • Cobrança de juros e multas: A falta de regularização pode gerar encargos financeiros adicionais. • Dificuldades na obtenção de certidões negativas de débito (CND/CRF): Essenciais para diversas operações e participações em licitações. • Possíveis autuações e fiscalizações: A persistência de pendências pode levar a ações de fiscalização por parte dos órgãos competentes. Alerta para golpes: O Ministério do Trabalho e Emprego alerta que não envia boletos ou links para pagamento por e-mail. Logo, não efetuem pagamentos de guias de FGTS que não tenham sido emitidas no portal oficial do FGTS Digital.
21 de fevereiro de 2025
O Governo de Minas Gerais reabriu o Plano de Regularização do Estado, oferecendo descontos e incentivos para a quitação de créditos tributários estaduais, incluindo o ICMS, multas e acréscimos legais. 📝 Quem pode aderir ao REFIS ICMS MG? ✔ Débitos de ICMS ocorridos até 31 de março de 2023 ✔ Tributos formalizados ou não, inscritos ou não em dívida ativa ✔ Débitos já ajuizados ou não ⚠ Importante: É obrigatória a consolidação de todos os créditos tributários de ICMS para adesão ao programa. 💰 Descontos e Condições de Pagamento: 📌 Pagamento em até 120 parcelas: Redução de até 30% em multas e juros 📌 Pagamento à vista: Desconto de até 90% 📅 Prazo para adesão: Até 31 de maio de 2025, via Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (Siare). 🚨 Atenção! O programa não se aplica a débitos do Simples Nacional declarados no PGDAS. 📜 Base legal: Decreto nº 48.997, de 19 de fevereiro de 2025 💡 Regularize sua empresa e aproveite os benefícios do REFIS! #REFISICMS #ICMSMG #RegularizaçãoTributária #RefisMG #Empresas #Tributação #ICMS #DescontosTributários
19 de fevereiro de 2025
Atenção, imobiliárias e construtoras! O prazo para a entrega da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) está chegando! ⏳ 🗓 Data limite: 28 de fevereiro de 2025 📌 Quem deve entregar a DIMOB? ✔ Empresas que venderam unidades imobiliárias (construídas, loteadas ou incorporadas) no ano-calendário anterior ✔ Pessoas jurídicas que intermediaram compra, venda ou aluguel de imóveis ✔ Empresas que receberam aluguéis em nome de terceiros ⚠ Por que a DIMOB é tão importante? O envio correto dessa declaração é obrigatório para evitar penalidades da Receita Federal e garantir a regularidade fiscal da sua empresa! 💡 Dica: Organize seus documentos com antecedência e evite imprevistos! 📞 Precisa de ajuda com a DIMOB? Fale com a Master Contabilidade, especialista em contabilidade para o setor imobiliário! 🔎 Palavras-chave: DIMOB 2025, prazo DIMOB, contabilidade imobiliária, declaração de atividades imobiliárias, Receita Federal, regularidade fiscal, imobiliárias, construtoras. #DIMOB2025 #PrazoDIMOB #RegularidadeFiscal #ContabilidadeImobiliária #Imobiliárias #Construtoras #MasterContabilidade